domingo, 21 de julho de 2013

Lado Resto do Mundo - Fim de Turno - Análise

LIGA INDEPENDENTE

http://hospiciodabola.blogspot.com.br/2013/07/ligindep-sulamericana-12-13-14-5-rodada.html

Dando mostras do belo trabalho da pré-temporada - vice da Taça Rio da Prata - o Racing Clube de Avellaneda mantém-se na ponta do campeonato graças a um excelente desempenho de suas peças prioritárias no campo: Rob Hulse (AVA/PL) e Tressor Moreno (MCO/PL) desenvolvendo rápidas tabelas e com a frimeza da proteção de defesa iniciado por M. Tavares e na cobertura eficiente de Iñiguez. Apenas um gol sofrido em todo turno, exatamente o da partida vitoriosa sobre o Boca Juniores na Bombonera (2 a 1). Um comando sensato e cuidadoso do treinador Domingo Colón ao definir as estratégias de manete (casa) e CPU(fora), jamais se arriscando a loucuras ofensivas mas garantindo que a tônica das tabelas em passes longos entre suas duas peças de destaque supracitadas se faça no momento exato. Tal como no empate com o rival citadino, o Independiente; mal na tabela, a equipe vermelha apostou tudo no clássico local para se redimir de verdadeiras bobeiras dadas durante o turno, quando teve time e chance para garantir vitórias e terminou por sucumbir aos adversários. Zero a zero, que acabou não compensando alguns outros resultados bisonhos, como a derrota para o Vélez Sarsfield em casa (0 a 1), fazendo com que seus dois solitários gols obtidos no turno não representem esperança para o returno e mostrem sua irregularidade.

     E quando falamos em irregularidade, falamos também de Vélez e Boca: o primeiro, com bons jogadores (Keogh, Leroy Lita), não se acha durante um jogo tanto quanto não se apruma na tabela; o segundo, ainda que tenha sofrido sangrias em transferências, ainda conta com Riquelme e outros excelentes nomes (Boselli, Santiago Silva, Battaglia, Escudero, Clemente Rodríguez), mas parece que a urucubaca de duas temporadas acompanha os xeneizes feito praga, alternando bons momentos com pífias apresentações. Mas quando falamos em recuperação, vêm-nos à mente um bloco de esforçados elencos e razoáveis partidas no turno: Olímpia, Cerro Porteño, LDU Quito, Estudiantes.  O time equatoriano, por exemplo, deu show na goleada sobre um Olimpia mantenedor da liderança por duas rodadas (4 a 1) enquanto a turma de la Plata consegue firmar aos poucos um padrão de jogo que conjuga o trabalho correto de bola de C. Ledesma e o oportunismo acelerado de Caicedo.

     E quando falamos em preocupação, falamos em futebol uruguaio: enquanto o Peñarol acumulou nas duas últimas rodadas duas derrotas que depositou-os na zona de rebaixamento, o Nacional (enfim!) venceu: 2 a 1 no mesmo Peñarol. É cedo para soltar os rojões da reação, mas já é um alento. Se bem que o treiandor Roque Máspoli não tem a menor idéia de como firmar uma estratégia evolutiva com um elenco estrelado e tão perdido na prancheta.

   E quando terminamos essa análise falando de River Plate, temos o maior cuidado. Sabe por quê? Porque nessa disputa de liderança com o Racing e com a excelente equipe da Universidade do Chile - que por hora garante merecidamente a vice-liderança da tabela, graças a ótimas presenças em campo de Tararache (ex-Grasshopper) , Bráulio e Duda - a experiência, o peso de muitos títulos e os grandes nomes que sua equipe ostenta (Trezeguet, Ortega, Caruso artilheiro do certame, Buonanotte) obriga-nos a ter sempre um pé atrás com atuações por vezes fracas, como na última derrota para La U de Chile (1 a 2). Não se pode usar de suposições com uma equipe tão vitoriosa e que tem, apesar dos pesares e da atual posição de tabela, muita munição (boa, inclusive) para se gastar nessa guerra.

LIGA AFRO-OCEÂNICA

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   A quinta rodada agraciou ao Sydney FC e a goleada sobre o Al-Ahly ( 4 a 1, no Cairo), com Ronaldo fenômeno, Akabueze e, principalmente, Petkovic, jogando o fino da bola. A invencibilidade da equipe egípcia foi para o beleléu, assim como o Zamalek de Mido ainda artilheiro da competição e único a, por hora, marcar gols pela equipe, perdeu para o Newcastle Jets de Michael Bridges e sua habilidade impressionante em prender a bola nos pés e arrancar para gols certeiros. Mesmo que isso lhe custe (como desta vez) mais uma contusão, afastando-o da próxima rodada; mas deixando os Jets na vice-liderança do certame, atrás dos líderes - Sydney FC.

     As equipes sul-africanas reagiram: o Orlando Pirates enfim, venceu uma, 2 a 1 no Perth Glory; enquanto o Kaizer Chiefs insiste em empatar, 1 a 1 contra o Brisbane Roar, em Johannesburgo. No duelo dos Melbournes, o mais famoso e atual campeão derrotou, a duras penas, o Heart: 1 a 0 para o Victory, onde Fernandão e C. Hernández foram o diferencial numa partida bastante variada em vantagens para ambos os times. E o Central Coast Mariners ainda não conseguiu firmar o seu jogo e a confiança em ir atrás de resultado mais positivo esbarra em mais uma derrota, desta vez merecida: o Wellington Phoenix neozelandês superou a rivalidade entre nações e o jogo mais duro dos visitantes gerou o placar final em 2 a 1, com P. Pérez desfalcando os Mariners por contusão na próxima partida, Lockhead  recebendo cartão (e também desfalcando) pelo Phoenix e a dupla Washington-Madson ainda sem ter com quem dialogar na equipe taticamente e tecnicamente confusa em campo. Charles MacArthur, treinador dos Mariners, tentará uma nova variante estratégica para CPU (jogo fora de casa) a fim de levar a equipe a ser mais homogênea e precisa no quesito desarme-ataque, onde o ponto é mais nevrálgico até aqui.



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