Lógico: houve chiadeira portenha. Mirko Di Stéfano, presidente da Associação de Futebol Game Argentina, evocou as inúmeras petições argentinas desde os anos noventa, quando os argentinos e os chilenos pleiteavam juntos a presença de uma Liga da mesma forma que os brasileiros haviam adquirido a sua. Esse episódio já deu margem a atritos que ameaçaram gravemente a existência do futebol virtual em anos anteriores. Foi, também, o principal responsável para uma das questões mais intrincadas e confusas da história da entidade de futebol virtual do planeta-doideira, a que questiona a legitimidade dos dois primeiros Mundiais Interclubes no ano de 1995. Para quem não lembra: os Mundiais denominados 1ª/1995 (conquistado pelo Botafogo sobre o Milan) e 2ª/1995 (conquistado pelo Deportivo La Coruña sobre o Feyenoord) ocorreram sem que os participantes fossem classificados por meio de Ligas nacionais e/ou Aleatórias - inexistentes naquela época. A Argentina foi a primeira federação a questionar a existência dum Mundial que não fosse fundamentado numa classificatória de Liga e, por isso, interpretou (com o aval de várias outras federações internacionais) ambos os torneios como não-oficiais. A FIFA Soccer argumentara na época (e ainda mantém essa retórica) que, para que as Ligas fossem criadas e o futebol virtual ganhasse corpo, era necessário realizar um ou mais torneios que 'encorpassem' a idéia de se fundar ligas que servissem de amálgama e suporte para a própria FIFA, ou seja: a sequência hierárquica que hoje vigora, clubes-federações-Ligas-FIFA. Para isso, segundo a FIFA, era necessário "começar de alguma forma, a estruturar os clubes num objetivo comum, o que fora feito com sucesso, a ponto de, em 1996 serem criadas as oito primeiras Ligas com o suporte desenvolvido nestes dois torneios de 1995, reconhecidos pela maioria das Ligas como Mundiais Interclubes". Hoje, das 26 Ligas que são afiliadas à FIFA, 17 obedecem as determinações da entidade, enquanto 9 ainda sustentam o protesto argentino. Dessas nove, 4 são peso-pesado: Inglaterra, Alemanha, França e México (tradicional seguidor dos apartes argentinos). A própria Liga Independente Sul-Americana, a qual a Federação Argentina é filiada, está dividida. E, com a criação desta Liga Colombiana, o desmonte da fortaleza oposicionista parece ser inevitável.
Mas o pesadelo de Di Stéfano parece longe de acabar: para o próximo editorial da entidade, pode ser que outra Liga Sul-Americana seja aprovada: a do Chile (quadro acima). O presidente da entidade portenha garante que a criação dessas ligas "visam enfraquecer a causa argentina por uma Liga própria, e isso pode também por os aliados argentinos mais fortes no protesto em defensiva, como Inglaterra e Alemanha". Segundo Di Stéfano, "o fato da sede da entidade se basear nos Estados Unidos garante não a neutralidade mas um apoio já histórico dos ianques à qualquer pretensão contra a Europa, pois o pavor dos americanos é que o futebol mundial virtual venha a ser gerido com sucesso pelos europeus, recrudescendo assim a já tradicional guerra de grifes esportivas, entre a Nike (USA) e a Adidas(Europa), esta última aliada da Umbro inglesa. A Nike estaria, assim, sempre por cima no fechamento de contratos e atividades esportivas em detrimentos às outras duas e demais concorrentes.
Por hora, confiram aqui, com exclusividade, as novas equipes que estarão na plataforma FIFA 14, a ser adotada oficialmente a partir da pré-temporada 14-15, em maio de 2014:
Seguem os times confirmados da liga Colombiana:
- Alianza Petrolera
- Atlético Huila
- Atlético Nacional
- Boyacá Chicó
- Cúcuta Deportivo
- Deportes Quindío
- Deportes Tolima
- Deportivo Cali
- Deportivo Pasto
- Envigado FC
- Independiente Medellín
- Itagüí Ditaires
- Junior Barranquilla
- La Equidad
- Millonarios
- Once Caldas
- Patriotas Tunja
- Santa Fe
Reportagem: Zabumba Mesquita, Nova Iorque - USA, para a ESPLuca Brasil
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