sábado, 5 de novembro de 2011

X Copa Intercontinental - Fase de Grupos - 2ª rodada





Zabumba Mesquita - ESPLuca Internacional - New York, The U.S.
      O compressor começa a funcionar. Os favoritos sentem na carne a tensão dum torneio internacional em todas as suas nuanças. Não bastam nomes, médias de game ou midianices: ou você joga p'rá ganhar ou os deuses do futebol virtual castiga-los-ão.


     A Copa Intercontinental aumentou seu PSI e a  pressão já se faz sentir nesta segunda rodada: no Grupo A, o Flamengo empacou perante 72.470 pessoas (o maior público até aqui) e um Santos Laguna que blefou desde as entrevistas semana atrás: o treinador asteca prometera um 4-4-2 e entrou em campo num 4-5-1 bastante cuidadoso para não tomar bolas nas costas do quadrado de meia rubro-negro; Kléberson, Petkovic e Marquinhos lutaram feito leões para por a bola nos pés de Wagner Love e Adriano, mas a cobertura de meia cancha mexicana foi implacável a ponto do jogo terminar sem gols.  Melhor para o Santos Laguna e para o Denizlispor da Turquia que, após empatar com os brasileiros em casa, venceu seu conterrâneo Manisaspor fora de casa. Não esqueçam: só passa um, no grupo de quatro equipes...


    No Grupo B, de nada adiantou a fina estampa corintiana no México: Ronaldo, Roberto Carlos, Edu, Tcheco, DeFederico & cia não evitaram a derrota de virada para um aguerrido Puebla (com um jogador expulso, ainda); 3 a 1, sem que o time brasileiro pudesse reverter a coisa, pois os dois gols do desempate saíram a cinco minutos do fim da segunda etapa. O Fluminense aproveitou e, jogando no Engenhão, acertou passes e rede adversária para voltar à briga pela vaga (3 a 1) contra o Sydney FC. Tá todo mundo embolado, é um grupo danado de traiçoeiro, esse...


    Grupo C: enquanto os sul-coreanos Chonbuk e Chunnam empatavam sem gols, o Kayserispor turco reafirmava seu favoritismo - e força técnico-tática: 1 a 0 no Monterrey, que resistiu até os 36 do segundo tempo, bobeira na saída de bola com o goleiro. Gunes, Ünal e os Red Shirts mostraram que não estão na Copa tapando buraco. É uma equipe com alto grau de técnica, individualismo e força de combate. Não permitiram aos mexicanos uma só jogada trabalhada por inteiro no jogo todo!


    Grupo D: a torcida do Grêmio está feliz até agora, pois o  AEK Athens, adversário mais forte do grupo, foi derrotado em casa: com o gol de (sempre ele!) Kelly aos 45 do segundo tempo - num contrataque fulminante pelo lado esquerdo - a impressão negativa do empate em casa contra o Rizespor apagara-se. Mas a equipe turca venceu por 2 a 0 ao CC Mariners, dos veteranos Cafú, Nedved e Pauleta, e com sobras.  Isso faz com que cada partida deste grupo seja uma eterna loteria, onde até mesmo o time australiano seja perigoso na próxima rodada. 


     Grupo E: Tudo bem, a defensiva do Tigres foi excessivamente viril em dois lances que contundiram os atacantes Johnson e Mosesyan; mas mesmo que o jogo corresse em total tranquilidade, seria impossível ao Kansas City americano vencer o vice-campeão da Liga Mexicana em Monterrey; Fonseca e García foram estupendamente precisos, e a meia cancha bailou com criativos lançamentos em campo, sobretudo de Gaitán pela direita. Já na Romênia, o Steaua Bucaresti mostrou que será o adversário principal às pretensões astecas, pois a fluidez técnica de seu toque de bola desarvorou ao Houston Dynamo em Bucaresti, sendo a contagem mínima injusta para tão boa cadência. 


    A segunda rodada mostrou que números, médias de game e virtuoses não serão suficientes para a evolução das equipes nesta fase da Copa. E também revelou aos treinadores que medidas conservadoras nas pranchetas não servirão de alvitre para angariar pontos preciosos na caminhada rumo ao troféu. E à vaga no Mundial Interclubes.

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