LIGA INDEPENDENTE
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Dando mostras do belo trabalho da pré-temporada - vice da Taça Rio da Prata - o Racing Clube de Avellaneda mantém-se na ponta do campeonato graças a um excelente desempenho de suas peças prioritárias no campo: Rob Hulse (AVA/PL) e Tressor Moreno (MCO/PL) desenvolvendo rápidas tabelas e com a frimeza da proteção de defesa iniciado por M. Tavares e na cobertura eficiente de Iñiguez. Apenas um gol sofrido em todo turno, exatamente o da partida vitoriosa sobre o Boca Juniores na Bombonera (2 a 1). Um comando sensato e cuidadoso do treinador Domingo Colón ao definir as estratégias de manete (casa) e CPU(fora), jamais se arriscando a loucuras ofensivas mas garantindo que a tônica das tabelas em passes longos entre suas duas peças de destaque supracitadas se faça no momento exato. Tal como no empate com o rival citadino, o Independiente; mal na tabela, a equipe vermelha apostou tudo no clássico local para se redimir de verdadeiras bobeiras dadas durante o turno, quando teve time e chance para garantir vitórias e terminou por sucumbir aos adversários. Zero a zero, que acabou não compensando alguns outros resultados bisonhos, como a derrota para o Vélez Sarsfield em casa (0 a 1), fazendo com que seus dois solitários gols obtidos no turno não representem esperança para o returno e mostrem sua irregularidade.
E quando falamos em irregularidade, falamos também de Vélez e Boca: o primeiro, com bons jogadores (Keogh, Leroy Lita), não se acha durante um jogo tanto quanto não se apruma na tabela; o segundo, ainda que tenha sofrido sangrias em transferências, ainda conta com Riquelme e outros excelentes nomes (Boselli, Santiago Silva, Battaglia, Escudero, Clemente Rodríguez), mas parece que a urucubaca de duas temporadas acompanha os xeneizes feito praga, alternando bons momentos com pífias apresentações. Mas quando falamos em recuperação, vêm-nos à mente um bloco de esforçados elencos e razoáveis partidas no turno: Olímpia, Cerro Porteño, LDU Quito, Estudiantes. O time equatoriano, por exemplo, deu show na goleada sobre um Olimpia mantenedor da liderança por duas rodadas (4 a 1) enquanto a turma de la Plata consegue firmar aos poucos um padrão de jogo que conjuga o trabalho correto de bola de C. Ledesma e o oportunismo acelerado de Caicedo.
E quando falamos em preocupação, falamos em futebol uruguaio: enquanto o Peñarol acumulou nas duas últimas rodadas duas derrotas que depositou-os na zona de rebaixamento, o Nacional (enfim!) venceu: 2 a 1 no mesmo Peñarol. É cedo para soltar os rojões da reação, mas já é um alento. Se bem que o treiandor Roque Máspoli não tem a menor idéia de como firmar uma estratégia evolutiva com um elenco estrelado e tão perdido na prancheta.
E quando terminamos essa análise falando de River Plate, temos o maior cuidado. Sabe por quê? Porque nessa disputa de liderança com o Racing e com a excelente equipe da Universidade do Chile - que por hora garante merecidamente a vice-liderança da tabela, graças a ótimas presenças em campo de Tararache (ex-Grasshopper) , Bráulio e Duda - a experiência, o peso de muitos títulos e os grandes nomes que sua equipe ostenta (Trezeguet, Ortega, Caruso artilheiro do certame, Buonanotte) obriga-nos a ter sempre um pé atrás com atuações por vezes fracas, como na última derrota para La U de Chile (1 a 2). Não se pode usar de suposições com uma equipe tão vitoriosa e que tem, apesar dos pesares e da atual posição de tabela, muita munição (boa, inclusive) para se gastar nessa guerra.
LIGA AFRO-OCEÂNICA
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A quinta rodada agraciou ao Sydney FC e a goleada sobre o Al-Ahly ( 4 a 1, no Cairo), com Ronaldo fenômeno, Akabueze e, principalmente, Petkovic, jogando o fino da bola. A invencibilidade da equipe egípcia foi para o beleléu, assim como o Zamalek de Mido ainda artilheiro da competição e único a, por hora, marcar gols pela equipe, perdeu para o Newcastle Jets de Michael Bridges e sua habilidade impressionante em prender a bola nos pés e arrancar para gols certeiros. Mesmo que isso lhe custe (como desta vez) mais uma contusão, afastando-o da próxima rodada; mas deixando os Jets na vice-liderança do certame, atrás dos líderes - Sydney FC.
As equipes sul-africanas reagiram: o Orlando Pirates enfim, venceu uma, 2 a 1 no Perth Glory; enquanto o Kaizer Chiefs insiste em empatar, 1 a 1 contra o Brisbane Roar, em Johannesburgo. No duelo dos Melbournes, o mais famoso e atual campeão derrotou, a duras penas, o Heart: 1 a 0 para o Victory, onde Fernandão e C. Hernández foram o diferencial numa partida bastante variada em vantagens para ambos os times. E o Central Coast Mariners ainda não conseguiu firmar o seu jogo e a confiança em ir atrás de resultado mais positivo esbarra em mais uma derrota, desta vez merecida: o Wellington Phoenix neozelandês superou a rivalidade entre nações e o jogo mais duro dos visitantes gerou o placar final em 2 a 1, com P. Pérez desfalcando os Mariners por contusão na próxima partida, Lockhead recebendo cartão (e também desfalcando) pelo Phoenix e a dupla Washington-Madson ainda sem ter com quem dialogar na equipe taticamente e tecnicamente confusa em campo. Charles MacArthur, treinador dos Mariners, tentará uma nova variante estratégica para CPU (jogo fora de casa) a fim de levar a equipe a ser mais homogênea e precisa no quesito desarme-ataque, onde o ponto é mais nevrálgico até aqui.
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domingo, 21 de julho de 2013
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Liga Brasileira 12 13 14 - análise do turno
Cinco rodadas e muita incerteza: a Liga Brasileira reconfirmou o seu campeonato como um dos mais imprevisíveis e emocionantes de todo o futebol virtual. Só no Brasil é que as possibilidades de QUALQUER equipe ser a campeã de seu campeonato existem. E o turno mostrou isso.
A modesta equipe do Avaí, de Florianópolis, ao vencer nesta quinta rodada ao invicto (e poderoso) Atlético MG por 2 a 1 na Ressacada (SC), manteve-se na ponta da tabela. Uma campanha que se mostrou dentro de uma surpreendente regularidade, face ao valor de mercado do elenco. Nas três partidas que realizou em casa, o Avaí demoliu equipes laureadas pelos anos de bola mundo afora, como o São Paulo (2 a 1 na 1ª rodada), Flamengo (3 a 2 na 3ª) e o Galo Mineiro. O veterano Sávio e Vandinho foram os nomes que impulsionaram a equipe alvianil de Floripa durante esta fase de turno, sobretudo na vitória sobre o Vitória BA em Salvador, por 2 a 1 na segunda rodada. Um time modesto mas com um perfil equilibrado nas funções de campo, jogadores sabendo cumprir mais de uma disposição tática e muitos já rodados por outros gramados. Augusto Quitens, treinador avaiense, não inventou nada de especial: o 4-2-3-1 defensivo de sempre na CPU e, com a manete nas mãos, usava o 4-2-2-2 com cautela e bastante trabalho de bola, desde o campo de defesa. A pegada da meia cancha defensiva é que tem sido o ponto alto da equipe catarinense, pois os adversários ficam sem espaços para trabalhar a bola quando o lance é próximo ao círculo central.
Mas outros fatores também colaboraram para a evolução do Avaí. Um deles é a tremenda inconstância das grandes equipes, ainda titubeantes quanto às filosofias de jogo. Fato é que as sete equipes que encabeçam a tabela neste fim de turno são as que mais obedeceram os parâmetros de pré-temporada, ou, ao menos, início de certame. http://hospiciodabola.blogspot.com.br/2013/07/liga-brasileira-12-13-14-series-5.html
Bicampeão da Taça Brasil Central (Pré-Temporada), o Atlético Mineiro desenvolveu um sistema misto de toque constante de bola e lançamentos em profundidade que posicionou-o na ponta da tabela por boa parte do turno; mesmo brigando com contusões (Ronaldinho, por exemplo, duas vezes), o Galo obteve expressivas vitórias e só foi dar mostras de exaustão nesta quinta rodada, quando perdeu por contusão não só o gaúcho mas Diego Tardelli. Com os mesmos dez pontos do Galo e as mesmas três vitórias e um empate também, São Paulo, Fluminense e Grêmio tiveram a sua força baseada numa diversidade no meio campo que ludibriou adversários e firmou os esquemas táticos: no São Paulo, um Ganso ainda incipiente mas que, quando acerta o passe, diferencia-se dos demais; no Flu, a dupla Deco-Thiago Neves abrem o jogo nas extremas mas fecham com absoluta precisão nos passes; e no Grêmio, a união entre Elano e Zé Roberto firmou um estilo baseado na condução da bola com velocidade e passes certeiros para o ataque. Entretanto, Flu e Grêmio perderam num momento chato do turno: segunda rodada (Grêmio, 0 a 3 para o Inter) e terceira rodada ( Flu, 1 a 3 para o Vitória BA), ambos ainda acertavam seus fundamentos e foram traídos pela ânsia em alcançar os líderes Av-Atl.
Corinthians, Internacional, Botafogo, Ceará e Vitória BA estão com oito pontos, mas poderiam estar melhor não fossem alguns contratempos: o atual campeão (Botafogo) insiste ainda num esquema tático que só as equipes em nível mundial (4,5 estrelas) podem bancar, atualmente, que é o 3-5-2. Nessa plataforma de jogo, esse esquema é demais arriscado por conta da rápida cobertura de laterais que apenas equipes com defensores com média acima de 80 sabem executar - caso do São Paulo, que joga nesse desenho tático mas só contra times reconhecidamente frágeis. Geraldo Selvina, treinador do Fogão, por ter conquistado o título com esse esquema, ainda crê que pode mantê-lo, mas a derrota para o Flu na 5ª rodada revelou-lhe o contrário. O Corinthians tem uma altíssima cota de cartões + contusões que só prejudica o conjunto; o Ceará briga com a falta crônica de traquejo na série A, de tão ausente que esteve das temporadas; Internacional e Vitória BA tem ótimos plantéis - o Colorado inclusive é um dos favoritos ao título - mas pecam quase que pelo mesmo problema: o entrosamento dos jogadores no sistema aplicado pelos treinadores. E o time baiano ainda tem o agravante do elenco muito ofensivo, com poucos jogadores para contenção. Bem ajustados, podem até correm para a taça, mas precisam ser rápidos, pois a partir de agora é returno.
América RN e Goiás não tem elencos tão bons assim; mas possuem a capacidade de saber trabalhar muito bem com aquilo que têm. Enquanto isso, Flamengo, Santos, Palmeiras e, principalmente, Vasco da Gama, vão esbarrando na falta de conjunto, oriundo dos confusos reajustes dos seus treinadores, principalmente quando passam da manete para a CPU. No Fla o troço agrava-se ainda mais, pois o que Francalacci desenha para cada jogo diminui em muito a produtividade de alguns jogadores. Léo Moura, Kaká, Íbson (Bola de Ouro da Liga polonesa passada pelo LKS Lódz) e Alex Silva são um exemplo flagrante disso. No Vasco, Éder Luís, Alecsandro e Felipe ainda não sabem direito o que fazer em campo. E o Santos é o mais vexatório dos modelos: Neymar, Montillo e Keirrison, juntos, desconhecem completamente tudo que País Uchôa aplica em cada jogo - e o Peixe é ultradependente desses três.. E o Palmeiras, além do supracitado, tem contra si a mega-goleada sofrida em casa para o Atlético MG (0 a 6) ainda na primeira rodada, que deixou-os à deriva por um bom tempo.
O problema do Paraná Clube - o mesmo que foi campeão da Taça FIFA e vice da Supercopa de Ouro e da Copa Intercontinental, tudo consecutivamente - é que se desfez dos dois nomes que serviam de liga para toda a estratégia desenhada pelo sérvio Marko Stilic: Francisco Alex e Josiel davam a medida exata no esquadro tático que amalgamava o time que jogava em bloco num fôlego só e de maneira quase que sufocante sobre os adversários. Crendo ainda que aquele time exista, o Paraná Clube joga como se ninguém ainda tivesse-lhes decorado cada movimento em campo. E o Santa Cruz, que tentou a mescla que alguns clubes do país fizeram, entre gringos e nativos, sem sucesso, vai procurando com o treinador Rayol Cavalcanti uma fórmula adequada para, ao menos, resistir aos adversários no Arruda, já quase ciente de que será difícil não fazer companhia ao Náutico na série B; o Timbu Coroado também está mal das pernas por aquelas plagas (Luka The Great, Rio de Janeiro, ESPLuca Internacional).
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