Panfílio Pamplona - Londres - ESPLuca Internacional
Com certeza, alguns apostadores já deram fim às suas existências. Afinal, as semifinais da Taça FIFA guardou uma variada gama de surpresas que nem mesmo uma saudável fusão de Mãe Dinah e Nostradamus seria tão eficiente no vaticinar.
Quem (em nome de Deus!) ousaria discutir a provável classificação às finais do Independiente argentino após a bela campanha da fase anterior? Você duvidaria que o Chivas Guadalajara, ex-participante de Mundial Interclubes, ficaria pelo caminho - mesmo com alguns pontos na meia cancha garantidamente falhos? Pior: Você apostaria um Dólar Lucaio que seja em duas equipes, cuja média de game mal chega e passa a três estrelas (nível nacional)?!
Chega de drama. Foi o que aconteceu.
Mas não nos surpreendamos tanto assim: Paraná Clube e Trabzondspor possuem boas trajetórias nessa edição da Taça. O clube sul-brasileiro está invicto no certame, enquanto o clube do Mar Negro Anatólio batera ao São Paulo no Morumbi, este completo. Realizaram dois jogos de total compenetração e mobilidade tática, aproveitando-se das falhas adversárias e conquistando na moral suas classificações fora de casa, naquela proverbial máxima do "matar ou morrer". Seus concorrentes diretos obtiveram melhores posições de tabela, e, a eles, restou apenas ganhar fora de casa. E contra dois gigantes.
Besiktas, vencera ao Chivas na garra e pulmão (2 a 1); arrancara o empate contra o Trab no Mar Negro, quando os anfitriões estavam melhores na partida. No outro grupo, o surpreendente (esse sim!) Columbus Crew - três jogos com vitória seguida, inclusive sobre o Independiente - empatava até os 44 do segundo tempo, quando uma cobrança de falta no limite da grande área achou a cabeça do zagueiro João Paulo, e o Paraná Clube empatou (1 a 1). Tanto Besiktas como Columbus já comemoravam suas classificações às finais; e o doce fora tirado da boca na rodada seguinte.
Armados com três atacantes, destemidamente ofensivos, Paraná e Trab partiram feito feras para cima de seus rivais, já desclassificados mas com pedigree de lobos da Série. Venceram com sobras e farão, pela primeira vez em suas vidas, a final que meio planeta bola desenhara para sãopaulinos, portenhos e mexicanos. E também cruzmaltinos - esses, a vergonha das vergonhas, com um time fantástico e eliminado precocemente...
Para os brasileiros, a confirmação de que, desde 2007, uma equipe da nação sempre faz uma final internacional numa temporada; para os turcos, a certeza de que a diretriz implantada desde a pré-temporada - ser a melhor das equipes asiáticas da plataforma do jogo - continua valendo. Firme e forte.
Como esses dois bravos finalistas!
TRABZONDSPOR x PARANÁ CLUBE
(Finais da II Taça FIFA)



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