quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

II UEFA Game - Finais

Luka The Great - ESPLuca Brasil (Rio de Janeiro)

A conquista do Arsenal tem um sabor todo especial para seu torcedor. Vendo os rivais de ponta do país conquistando títulos da Etapa Internacional, os 'fangunners' incomodavam-se com a formação de belos times - todos com a aquiescência do treinador Terry Gillian - e o fracasso durante as competições. Foi assim, na Etapa Nacional, não conseguindo entrar na zona de classificação da Premier League e perdendo na segunda fase da FA Cup, a Copa da Inglaterra. O esquema de quatro tenores (Arshavin, Nasri, Fabregas e Rosicky) definitivamente não vingara na época; a linha defensiva, tão poderosa em todos os aspectos (por cima, por baixo e na antecipação das jogadas) também ficava a desejar contra times de velocidade e dribles fáceis. Parecia que um feitiço terrível abatera-se sobre o Emirates Stadium, pois nada que Gilliam ou a diretoria fazia dava certo. Mesmo o Arsenal vindo de uma década em que não podia reclamar da sorte, fora campeão da Premier em 07/08 e, antes, da FA Cup, em 02/03. 
     Porém, a partir do jogaço contra o Elfsborgs na Suécia (3 a 3), tudo passou a encaixar. E melhorar. http://chutandobaldesbolas.blogspot.com/2012/01/lado-europa-euroclubes-soccer-e-uefa.html
    Rosicky ficou mais solto nos jogos fora de casa quando o Arsenal jogava no 4-5-1, o esquema preferido pela maioria nesse fim de temporada: colado ao matador Van Persie - que não precisa voltar tanto para buscar jogo - , seu futebol apareceu de forma reluzente, distribuindo ou esticando o jogo, independente do adversário. Isso fez com que os três outros notáveis da meia cancha crescessem, também; Nasri firmou-se nas extremas de armação, Arshavin estabilizou-se na esquerda (quando acionado) e Fabregas, mesmo atuando de MC recuado, vinha como elemento-surpresa de forma instigante. O seu gol, o primeiro da vitória de 3 a 2 sobre o Eintracht Frankfurt na segunda fase, foi uma apologia ao talento, numa arrancada fulgurante e viril da direita à meia lua.
    Nas finais, o Newcastle era o ressuscitador da velocidade no campo, a estratégia de jogo dos tempos do vídeogame anos 90 que voltava nos pés acelerados de Martins, N'Zogbia, Geremi e Damian Duff - a surpresa das finais. Dois duelos sem vencedor onde todos desejariam que o título fosse repartido entre os ingleses, mas não era obviamente possível. E o sinistro Tenerife; sinistro, no sentido de um futebol até previsível, mas eficiente: todos em campo trabalhavam para duas pragas ofensivas, terrores de goleiros em La Liga B espanhola, Nino e o traiçoeiro Cristo, matador das Canárias. Este último, ao se deparar com o futebol de fino acabamento dos Quatro Tenores do Arsenal, acabaram sucumbindo em casa e fora. Arsenal e Newcastle terminaram iguais nos pontos, mas o time londrino deslanchou no saldo de gols, 5 contra 2. Arsenal campeão internacional, pela primeira (e saborosa) vez.
    Por enquanto, festa. Mas os 'Gunners' voltam a campo em breve: classificados para a segunda fase da Euroclubes Soccer, terão a dificílima missão de se classificar num grupo onde o arquirrival Chelsea é um dos monstros, seguido da Galáxia Madrilenha, chamada Real. Terry Gillian já prepara o chapéu harrypótico, mas sabe que nesta briga de feiticeiros europeus, seu cinturão, bem ou mal, pequeno ou grande, já está garantido - assim como a felicidade de toda uma torcida, agora com uma láurea na temporada para festejar.  






A  R  S  E  N  A  L
Campeão da II UEFA Game:

sábado, 4 de fevereiro de 2012

X Copa Intercontinental - Finais

Zabumba Mesquita - ESPLuca Brasil

     Indiscutível. A conquista da X Copa Intercontinental pelo Grêmio foi algo para todo cético mudar sua natureza. Não foi a conquista dum conglomerado de craques alienígenas mas de uma equipe humana. Esteve na corda bamba, negou fogo em casa, era escalado de forma errônea, mas tinha seus repentes de técnica apurada e muito de garra - a típica pegada gaúcha. Do outro lado, um adversário (Paraná Clube) que vencera a Taça FIFA e tinha pecha de impenetrável. Mas contava com um defeito crônico: dependia, exclusivamente, de um só jogador: o atacante Josiel, craque da Taça FIFA e único diferencial da equipe paranista. O Grêmio contava com a velocidade de Carlos Eduardo, o oportunismo de Maxi López (o injustiçado pelo treinador Walter Corbbo), a experiência de Rochemback, a estrela (também injustamente no banco de reservas) do meia Kelly - autor do segundo gol na primeira partida da final - e as defesas milagrosas de Vítor. Por mais que o Paraná Clube se esfolasse no gramado, não seria páreo para o tricolor imortal de Porto Alegre, mais uma vez, campeão intercontinental. E classificado automaticamente para o Mundial Interclubes.


Copa Intercontinental - Campeões - Vices:


1997.......................São Paulo (Bra)..................América RJ (Bra)
1998.......................São Paulo (Bra)..................Vancouver (Can)
1999.......................São Paulo (Bra)..................Fluminense (Bra)
2000.......................Flamengo (Bra)...................Guarani (Bra)
2ª2000...................Grêmio (Bra)........................Corinthians (Bra)
2001.......................DC United (USA)................Vasco da Gama (Bra)
2002/2003.............Galatasaray (Turq)............River Plate (Arg)
2004/2005.............Santos (Bra).......................Chicago Fire (USA)
2007/2008.............Boca Juniores (Arg).........Palmeiras (Bra)
2010/2011.............Grêmio (Bra).......................Paraná Clube (Bra)



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

XII Mundial Interclubes - Primeira Fase - 1ª rodada





ENFIM - O MUNDIAL!
Luka The Great - New York - ESPLuca Internacional




  Enfim, o Mundial! E já começou surpreendente. Pela primeira vez na história do torneio, o campeão anterior inicia goleado em casa: o Feyenoord meteu 3 a 0 no Werder Bremen em plena Alemanha, não permitindo que uma só articulação da dupla Borowski-Ozil chegasse aos pés de Rosenberg e Hugo Almeida ( o atacante português teve, mais uma vez, que buscar jogo lá atrás, embolando tudo). Desempenho soberbo de Roy Makaay, graças à triangulação entre Dahl Tomasson, De Guzmán e Sahin, fazendo dois gols e mostrando que este poderá ser o "seu" Mundial. Enfim. Depois de mais de dez anos de predimínio na Liga Batava, o Feyenoord já fazia por merecer algum destaque nesta competição. 


   Manchester United, Atlético Madrid, Milan: estes, começaram satisfatoriamente. O Slam inglês foi econômico, mas mostrou um Paul Scholes bastante criativo contra o Helsingborgs; o campeão espanhol jogou bem e venceu com relativa facilidade aos americanos da Califórnia, mais pelo elenco que possui do que fragilidade (que não houve) do visitante; e o Slam italiano abriu o "teatro do sonho" contra o Heerenveen holandês com desenvolta conduta em campo do trio Ronaldinho-Huntelaar-Pato. Pelo que jogou (brincando), os lombardos tem tudo (mesmo) para abocanhar o mais cobiçado troféu do universo. Será que chegou a hora dos italianos... enfim?!
  O Bayern München deu mole em casa: permitiu ao Rangers escocês o empate, dando espaço na meia cancha e fazendo com que Ferguson e Davis pudessem achar brechas na defensiva alemã, onde Van Bommel e Tymoschouk não conseguiam impedi-los.  Liverpool, Marseille e Espanyol (esse último, com bastante dificuldade contra o River Plate) conseguiram tirar água de pedra e suplantar seus adversários. O Lazio se embananou todo em casa contra o aplicado e ligadíssimo FC Zurich e empatou sem gols (o que é pior). Já o Lyonnais mostrou que também tem estofo para título: bateu ao Wisla Krakow por 1 a 0 em casa, mas mostrou uma facilidade de tabelar no campo adversário que mostra que (de novo, ENFIM) a estratégia de Gerard Ducarouge finalmente desceu pela goela dos atletas. Tanto que conquistaram a Copa da França. Enfín...
    Os brasileiros engalfinharam-se no Rio de Janeiro com aquela malemolência cadenciada própria de seus jogos: o Santos de Robinho-Neymar-Ganso abriu o marcador graças a uma falha grotesca do zagueiro e do goleiro botafoguenses; mas um pênalti (bobo...) em cima do atacante Reinaldo, deu o empate aos campeões do Campeonato brasileiro. Mas, ao que pareceu, o campeão da Copa do Brasil é que vai dar trabalho no Mundial, mesmo com o treinador País Uchoa fazendo certas sandices, como tirar o Neymar e recuar o time para contratacar. Eu, hein! Enfim...
   O Olympiakos grego mostrou, em 45 minutos, o futebol que desbancou ao River Plate no campeonato da LigIndep: fez 2 a 0 no Boavista português e imprimiu um ritmo tão louco na partida que o visitante mal teve tempo de se acertar em campo. Mas, surpreendentemente, os portugueses se ajeitaram em campo, fizeram o tento de honra (pênalti) e ameaçaram de forma tão incisiva aos gregos nos 15 últimos minutos de jogo, que o Olympiakos abriu a ferramentaria e dois jogadores seus foram expulsos. Os turcos do Galatasaray, a exemplo dos holandeses do Feyenoord, mostraram todo entrosamento de mais de dez anos de jogo conjunto e passearam no campo do Excelsior Mouscron (2 a 0), dando a entender que vieram para lutar por um título que quase foi seu em 2002/2003. E o Cruz Azul, mesmo com talento e maior posse de bola, não resistiu ao Fenerbahçe, bem mais decisivo e pegador em campo, perdendo em casa, por 1 a 0; eis aqui, outra equipe que pode dar rasteira em muita virtuose prepotente. Outro show foi perpetrado pelo Hamburgo: no Nordbank Arena, a equipe vice-campeã da Bundesliga Game arrasou aos mexicanos do América no primeiro tempo (3 a 0) para, então segurar a pressão asteca quando estes arrumaram a casa e partiram p'rá cima, mas sem nenhum êxito concernente às redes anfitriãs. 
    Enfim... chega ao fim o noticiário inicial deste décimo-segundo Mundial Interclubes. Ao que parece, Feyenoord, Galarasaray, Fenerbahçe, Milan e Olimpique Lyonnais mostraram qualidades interessantes. mas estamos falando de um dos torneios mais imprevisíveis do globo. Tudo pode acontecer -e, às vezes, nem todo conhecimento esportivo do mundo pode significar alguma coisa, quando a bola rola. mas... enfim... 


(Dados da partida entre Lazio 0 X 0 FC Zurich
e o clássico brasileiro entre Botafogo 1 X 1 Santos)